quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A representação do belo - Grécia (9)

O belo na representação da arte, a fruição estética da criação!

Para Platão a beleza não é algo que exista em si, como um elemento físico. Ela existe autonomamente, distinta do suporte físico. Em Platão a beleza não está vinculada a um determinado objecto, ela apresenta-se brilhante em qualquer lado. 

A beleza não se identifica com o que se vê, pois o corpo é para Platão uma prisão, uma caverna que aprisiona a alma. Assim o belo necessita de uma aproximação sensível e deve ultrapassar a visão do intelecto. Essa superação faz-se por uma aprendizagem baseada na dialéctica, que nos é trazida pela filosofia. Esta abordagem significa que nem todos podem ver a verdadeira beleza. A arte que procura representar essa beleza, a arte imitativa é uma cópia falsa, não revela uma autêntica beleza. 

Para Platão a observação das artes imitativas torna-se prejudicial para os jovens porque lhes cultiva uma aparência. O essencial para a compreensão e acesso ao belo seria proporcionar a beleza das obras geométricas que se baseia na proporção e numa concepção matemática do universo. Estas ideias irão influenciar o pensamento dos pitagóricos.
#Obelocomorepresentação


Imagem: Afrodite de Cápua: Escultura do período clássico (século IV a.C,) aqui como cópia romana do século II; Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. 
Fonte: Umberto Eco. (2004). História da Beleza. Lx: Difel.

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