quinta-feira, 30 de junho de 2016

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Boas Férias! Até já!

A cumplicidade de receber o outro

Falámos por aqui durante um ano letivo sobre Direitos Humanos, Liberdade, Política, Pensamento trazendo autores tão antigos como os Gregos ou a civilização da Mesopotâmia e os mais perto de nós, os filósofos que pensaram o sentido humano e as formas de sociedade que se foram construindo. Como ponto final neste ano letivo 15/16 talvez pensar que valor tem o tempo, a cronologia para a compreensão do que somos, do que podemos ser, do que desejamos construir. Numa palavra como ser feliz num mundo em profunda mudança. O conto clássico da História da China no post anterior disse-nos que não há novidades, nem mudanças capazes de alterar aquilo que é a ética, as bases da sua discussão na nossa vida. 

O homem continua a ter a dimensão que sempre teve, num registo individual, social e de espécie. Evoluímos de tempos em que o elemento social era determinante para outros que contemplaram mais a vertente individual. A individualização das sociedades abriu caminho a ideias democráticas. O nosso tempo e o que há-de nascer certamente construirá acima dessa realidade, outra mais importante, a da consciência da nossa pertença a uma casa comum,  a humanidade. A convicção trazida de outros séculos que nada do que é humano nos pode, nos deve ser estranho. Ou seja combater a indiferença e aceitar o compromisso com o outro.

É fácil amar a Humanidade. É uma das abstracções mais edificantes que se podem ter. Podemos estar rodeados de gente e não ver pessoas, humanas formas de pensar e sentir. Pessoas diferentes, de outras culturas, de outras línguas, de outros costumes. Pessoas que não espelhos de nós e que ainda assim devemos saber compreender. Fernando Savater define essa necessária cumplicidade com a ideia de hospitalidade. A hospitalidade que todos precisamos, pois todos somos viajantes num Planeta. 

Talvez a humanidade que queremos cumprir seja viver com os outros de um modo hospitaleiro. Pois como os gregos pensavam nascer é chegar a um país estrangeiro e assim todos nascemos, todos precisamos de ser recebidos. E a Ética que por aqui se tentou desenvolver seja isso, apenas uma humilde hospitalidade. Ela dará a nós e aos mais jovens que são o  futuro o acesso responsável e cuidador de um espaço vivo, chamado Terra. E quanto ao resto, uma nota pessoal, que desacredita os milagres de cada tempo, pois as novidades de cada século nunca salvaram ninguém. Apenas nós, uns com os outros, com hospitalidade e cumplicidade podem construir qualquer futuro que é o presente de todos os dias, como ensinavam os místicos do Budismo. 

Imagem: Copyright - Little Explorers, by Lisa Holloway

Para ires lendo... e pensando...(XII) - por este ano -

Era uma vez, na velha China, um jovem príncipe que, por morte do seu pai, se converteu em imperador. Tinha uma nobre ambição, que não é tão frequente como deveria sê-lo entre os governantes: queria ser perfeitamente justo e fazer feliz o seu povo. Para isso, decidiu documentar-se exaustivamente sobre a história do país, a sua geografia, os seus diferentes costumes e religiões, os seus recursos naturais, os últimos estudos científicos em matéria de psicologia e de sociologia, os progresso tecnológicos, etc. ...

Enfim, queria saber absolutamente tudo sobre o modo como tinham vivido ontem e viviam hoje os seus súbditos, a fim de acertar em governá-los amanhã da melhor maneira possível. Nessa intenção, reuniu os sábios mais destacados do seu reino e solicitou-lhes um relatório enciclopédico completíssimo, capaz de esclarecer todas as suas dúvidas. Os especialistas deitaram imediatamente mãos à obra, o mais conscienciosamente possível. Passaram-se meses, passou um ano e, depois, outro e outro ainda...

Dez anos mais tarde, o comité de sábios compareceu perante o imperador, carregando com dificuldade trinta enormes volumes com vários milhares de páginas cada um deles e contendo o resultado das suas investigações. Mas o imperador, já mergulhado nas mil ocupações das suas inadiáveis tarefas de governo, impacientou-se perante uma obra tão prolixa: "Não tenho tempo para ler tantos calha,aços! Preciso de uma coisa mais resumida. E despachem-se, porque tenho urgência em dar início às reformas pendentes!" Os cientistas retiraram-se com respeitosas mesuras e deitaram mãos ao trabalho.

Entre discussões e emendas, gastaram outros dez anos, no termo dos quais voltaram a aparecer ao monarca, transportando quinze copiosíssimos volumes. Na circunstância, o imperador estava a tentar sufocar uma rebelião nas Províncias do Norte e combatia na Fronteira do Leste contra um vizinho hostil, enquanto se esforçava por dar remédio aos efeitos desastrosos das grandes inundações do Sul. "Onde querem que eu vá arranjar tempo para estudar tanta livralhada? Depressa, preparem-me um resumo utilizável e não me façam perder tempo em pormenores supérfluos!" 

Queixando-se da dificuldade de semelhante exigência, os eruditos voltaram a retirar-se e, por meio de esforços enormes, conseguiram coligir todo o seu saber num grande único tomo, monumental e congestionado. O mal foi que a façanha lhes tomou outros dez anos e, quando regressaram triunfantes ao palácio, o outrora jovem príncipe estava já no seu leito de morte. A agonia não é um momento ideal para quem queira informar-se, pelo que lhes pareceu claramente inadequado deixarem discretamente a enciclopédia na mesinha de cabeceira do moribundo. Mas o director do comité de sábios não se resignava a deixar completamente por cumprir a tarefa encomendada: aproximou-se da cabeceira do imperador e sussurrou-lhe ao ouvido esta mensagem definitiva: "Os humanos nascem, amam, lutam e morrem."  

André Bueno. (2009). Cem Textos da História Chinesa.

domingo, 19 de junho de 2016

O Mito de Prometeu

O livro de Mary Shelley trouxe-nos até essa lembrança de Prometeu moderno. Prometeu é um mito interessante que vale a pena conhecer. Ele representa um dos mitos da Grécia Clássica e preenche a sua galeria mitológica. Zeus, o mais importante deus do mundo grego viu ser-lhe roubado o seu fogo por Prometeu que o deu aos homens. Com esta atitude Prometeu procurava que aqueles evoluíssem como seres e se pudessem distinguir dos animais. Como resultado Prometeu seria castigado pelo deus Vulcano durante um alargo período. 
O castigo era ter o seu fígado devorado por uma águia. Prometeu como deus regenerava-se e foi substituído por um Centauro. Prometeu regressou ao Olimpo, mas tinha de manter a corrente e a pedra onde tinha sido acorrentado por ordem de Zeus.  

Este mito dá-nos uma representação da vontade humana para encontrar algo essencial – o fogo existencial que aqui representa o conhecimento que é retirado aos deuses e fornecido aos homens, ao mundo mortal. No castigo de Zeus vinha a oferta de uma caixa, “Pandora” revestida de diversos males: a beleza de Afrodite, a musicalidade de Apolo, A habilidade manual de Atena ou a curiosidade de Hera. Caixa que reunia males com que os humanos teriam de suportar. Prometeu desconfiou da oferta e não a aceitou. 

A arte acabou por criar obras de arte onde Prometeu, Pandora e outros elementos mitológicos colocam em discussão o valor do conhecimento, as capacidades do homem o formular e a sua sabedoria para escapar às formas mais subtis de obscurantismo. De algum modo do mito inicial evoluímos para formas onde o conhecimento, o pensamento e a ciência procuraram superar o seu ambiente natural e organizar formas mais satisfatórias de vida. É no fundo um convite a pensarmos como vivemos, que pensamento o organiza, que valores conduzem a vida. Foi este mito de Prometeu que Mary Shelley usou para a criação de Frankstein que nos coloca o poder de manipulação da vida e os seus limites, área que a bioética estuda e analisa e que nos recoloca o valor cultural deste elemento da mitologia grega.

Imagem: O fogo de Prometeu trazido à humanidade, Heiinrich Fueger, 1817

Frankstein - uma leitura de um mito

Franskstein de Mary Shield introduz-nos muitas questões. Conduz-nos a uma atmosfera de frio denso, o Árctico, um mar de neve e gelo que se ergue em pequenos picos, tornando toda a luta humana pequena e quase invisível. Uma paisagem de silêncio, e também de um frio que devolve um sentido de imortalidade, pois o frio conserva e nada se corrompe. O livro termina nesse ambiente, onde Frankstein persegue o ser que criara, um ambiente de gelo, onde encontra uma personagem, um capitão de barco, onde pela sua história contada recupera a sua vida em momentos finais de existência.  

O gelo e o frio são grandes símbolos de um livro que também coloca os sonhos de Robert Walton, como explorador  do Árctico e do seu desejo de compreender o funcionamento das bússolas que se magnetizam nos pontos mais a norte. É numa procura para encontrar uma passagem no Noroeste do Árctico que também o livro nos confronta entre o sonho individual e o desejo de salvar uma vida que encontra, justamente Frankstein. O ambiente de gelo do Árctico constrói paralelamente uma atmosfera em que compreendemos a congelação como forma de fim e de recomeço. O frio que destrói formas de vida, e que também as faz renascer, um frio que se impõe como uma atmosfera que supera a corrupção dos organismos, pois conserva tudo, um frio cristaliza o tempo.

Mary Shelley criou num tempo em que as mulheres tinham pouca influência na sociedade um livro que nos fala de poderes sobre-humanos, da própria criação da vida que junta ideias que ela recolheu no seu tempo sobre electricidade e alquimia. Frankstein também é um seu filho, ela que perdeu os seus filhos e a sua própria mãe no seu nascimento. O livro conduz-nos a essa possibilidade de dar vida e liga-nos à ideia de criação. E nesta a sua ideia central é a de nos questionar, que responsabilidade tem um criador para com a sua criação. No fundo não sendo nós criadores, que tipo de empatia e responsabilidade nutrimos uns pelos outros? Nas criações humanas possíveis e reais o que podemos fazer para impedir esse individualismo, essas formas em que acrescentamos solidão aos outros.

A abordagem de Mary Shelley a esse individualismo tirou-o do seu marido com quem vivia e com o qual obteve um sentido magoado da vida, uma forma de egoísta como ele se conduzia na vida. Há no livro essa ideia de que a criação descuidada de atenção torna o que foi criado em algo que pode conduzir a um elevado sofrimento. Nesse desinteresse encontra-se a fraqueza moral de Frankstein que afastou a emoção, a companhia e o amor da criatura criada. O século XIX e XX discutiram essa consequência de como o comportamento é influenciado pelo ambiente em que é criado e pela educação. O crime da criatura é uma resposta para o seu esquecimento.

É numa solidão humana que acabam por perecer médico e criatura, pois esse esquecimento levou ao sofrimento do médico e aos crimes de Frankstein. Este livro, que foi muito adulterado pelo cinema oferece-nos no fim uma ideia sobre a criação que todos fazemos, a dimensões diferentes e que contempla o "eu", os seus limites. A criatura não tinha uma dimensão sua, pessoal, não se reconhecia em si, não transportava o seu "eu". Afinal em cada um, em cada criação, um artista, um deus, ou qualquer humano o que se pode construir? Quais são os seus limites?

Fonte: Rebeca Solnit. (2016). "3", in, Esta distante proximidade. Lisboa. Quetzal.

Frankstein ou o Moderno Prometeu

"Nada é mais penoso ao espírito humano, depois de os sentimentos se consumirem numa sucessão de acontecimentos, do que a calma morta da inacção e de certeza que se seguem e privam a alma da esperança e do medo."

A história é mais ou menos conhecida. Viktor Frankenstein, discípulo de alquimistas quer dar vida a alguém que já não vive. Procura partes de pessoas mortas e tenta montar um novo corpo, construir uma vida. O ser que cria tem um aspecto de um monstro e assim Frankstein foge dele. Todavia, o monstro procura as pessoas, demonstra-lhe sentimentos, mas o seu aspecto afasta todos, inspira-lhes terror. O monstro fica condenado a uma solidão profunda e assim procura o seu criador, para que lhe possa dispensar uma companhia. A recusa do médico cria no monstro um desejo de vingança, acabando por matar a esposa do médico, Elisabeth. Viktor Frankstein acaba por perseguir o monstro e termina os seus dias nos Árctico.

O conhecido Lord Byron nos encontros que tinha com outros poetas, como Shelley lançou um dia um desafio de alguns dos elementos presentes nesses saraus culturais da Inglaterra de oitocentos de criarem histórias de terror como forma de surpreenderem o seu próprio modo de ver o mundo. Mary Shelley , uma jovem de dezoito anos e de vida atribulada criou uma história já com duzentos anos e que se tornaria um clássico da literatura. 

Livro que o cinema adaptaria, embora com grandes alterações em relação ao original. Essa adaptação empobreceu a mensagem do livro e deturpou-a, ao ponto de confundir o criador e o monstro, aparecendo a ideia de que Frankstein seria o monstro e não o que tentou desafiar a natureza e Deus. O livro assenta numa ideia que é um mito clássico, o de Prometeu, que sendo um ser mortal consegue pelo roubo aos deuses do fogo, aqui simbolizando o conhecimento criar a vida, embora venha a ser penalizado por isso. Falemos num post seguinte sobre esse mito que nos conduz ainda hoje, pelos domínios da bioética. 

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Patch Adams - Leitura crítica

Depois de ter visto o filme "Patch Adams" apercebi-me que o amor é contagioso.
Na vida prática deparamo-nos com situações onde o nosso amor e respeito pela humanidade é posto à prova e somos obrigados a seguir o nosso coração. Patch Adams é um exemplo de que qualquer um nós pode fazer os outros felizes e com um pequeno gesto marcar a diferença na humanidade.

O filme conta a história verídica de um homem que após se ter tentado suicidado é internado num hospital psiquiátrico. O tempo que passa nessa instituição fá-lo descobrir que a missão da sua vida passa por ajudar os outros e para concretizar esse sonho vai estudar Medicina. A sua atitude enquanto estudante de Medicina vai pôr em causa os métodos académicos tradicionais e a sua forma de exercer o internato causa espanto e perplexidade. 


Uma das questões que o filme coloca, do ponto de vista epistemológico, é desde logo a relação médico/doente, uma vez que P. Adams propõe uma abordagem mais humana que pouco a pouco vai contagiando os outros com a sua presença acabando em algumas situações por ser o único capaz de ser aceite pelos doentes. As suas propostas ao serem ludicamente apresentadas aos doentes retiram a carga dramática à ausência de saúde, o que nos inspira e faz reflectir sobre o impacto das pequenas coisas da vida na saúde de cada um. O filme retrata de forma sensível e tocante, mas também crítica, o caminho em que a Medicina deve evoluir no sentido de uma maior humanização.

Na sociedade actual os médicos pouco usam a sensibilidade para lidar com os doentes esquecendo-se que o melhor tratamento ou ajuda que lhes podem dar é a simples atenção, um sorriso ou uma forte abraço de força e coragem. A lição de Patch Adams é a que o melhor remédio é o sorriso, o despertar da alegria, o amor desinteressado pelo outro e a influência no modo como a doença e o cuidado aos outros pode ser determinado por atitudes simples mas mais humanas.


Patch Adams além da sua abordagem a uma prática médica mais humana já enquanto estudante exercia Medicina gratuita numa pequena quinta de um amigo, onde tratava os doentes que lhe apareciam, tendo a partir daí criado o sonho de construir um Hospital que baseava muito da sua prática no voluntariado.

Os valores que movem a nossa sociedade esquecem e desvalorizam  o ser humano em sofrimento, iludimo-nos com o avanço técnico e por isso podemos afirmar que ela é dominada por uma falta de compaixão pelo próximo. Vivemos numa sociedade fechada sem nos preocuparmos com o mistério do outro, a sua interioridade, a sua sacralidade, bem como a preocupação com a felicidade geral. Características como a simplicidade, o amor ao próximo, o culto de valores altruístas e humanitárias são o que fazem de Patch Adams uma personagem tão especial. 

De facto são as pequenas coisas que marcam a diferença e que nos passam ao lado no quotidiano, quando basta pouco para lutar por um mundo melhor, fazer a diferença na vida de alguém. Devemos, portanto, olhar para diante fugindo do senso comum, ousando, sermos críveis para fazermos dos outros incríveis. É importante entender a vida como um experiência constante, de dádiva ao próximo amando os outros como nos amamos a nós próprios  e lutar para que a consideração, a dignidade. o respeito e o amor se contagiem. 

Matilde Barreiros Cardoso, 11º C2, Nº 25

A vida e a morte

Um problema que assombra a nossa sociedade, desde os seus primórdios até hoje, é o problema da morte. O ser humano por muito que tente desvendar este mistério ainda não encontrou respostas satisfatórias sobre este assunto. 
Morte.. o que é morrer? tantas vezes nos questionámos sobre o que é morrer, mas também temos de nos interrogar sobre o que é viver?! Será que totalmente vivos, será que não estamos num lado latente entre a vida e a morte?! Será que quando morremos é que começamos a viver? Aqui temos várias questões para as quais não temos uma resposta cabal.

     A única certeza que me parece indubitável é que a morte traz consigo liberdade. Se para algumas pessoas este é um tema difícil, oculto, mórbido até tal deve-se a uma falta de compreensão do sentido da nossa existência.
Devido às novas tecnologias que permitem prolongar a vida artificialmente deixámos de pensar na linha que traça o limite entre a vida e a morte. Para além das doenças terminais e os cuidados paliativos todos nós já ouvimos falar de situações-limite que envolvem não só o corpo físico, mas a tão desejada qualidade de vida. Quando a sociedade atinge patamares de longevidade como a actual que se aproxima em alguns casos, dos cem anos colocam-se questões sobre o estatuto que ganha "ser idoso" ou "ter direito a decidir da sua morte". 

     É aqui que ganha sentido a discussão em torno da eutanásia, quer como liberdade de escolha, quer como limite para além do qual a pessoa perde a sua autonomia como humano. Noutros casos a eutanásia é encarada como o último recurso em certas doenças irreversíveis que causam dor e sofrimento não se perspetivando uma cura. 

    Temos ainda enraízado na nossa cultura o ponto de vista religioso e tradicional de que a vida é um dom e que em nenhum caso temos o direito de dispor dela. Muitos filósofos defenderam esta posição, entre os quais Kant, como sabemos e ainda hoje temos pensadores que defendem estas ideias. No entanto, pelas razões expostas acima, o debate sobre a eutanásia ganha cada vez mais significado. Num caso que me é próximo fiquei a saber de um jovem que caiu de um andaime e ficou tetraplégico. Poderíamos pensar que é um caso difícil e que a vida parece insustentável. Apesar das dificuldades extremas ele decidiu que queria continuar a viver porque era contra a morte assistida. 

  Muitas vezes temos a tentação de emitir opiniões fáceis e julgar sem pensar que há muitas pessoas que estão dispostas a enfrentar uma vida difícil não indo pelo caminho aparentemente mais fácil. É por isso que a questão da eutanásia é tão difícil de ser encarada como uma justificação racional para por termo à vida. Pode uma pessoa ou uma instituição assumir as responsabilidade material e moral pela concretização da eutanásia? Estaremos conscientes sociais, afectivas, familiares e geracionais que este problema coloca?

    A vida e a morte são dois elementos ainda com zonas de sombra que nos mantêm no grande mistério da existência

Débora Santos, 11º C2, Nº6
Imagem: Copyright: Paulo Medeiros