O livro de Mary Shelley trouxe-nos até essa lembrança de Prometeu
moderno. Prometeu é um mito interessante que vale a pena conhecer. Ele
representa um dos mitos da Grécia Clássica e preenche a sua galeria mitológica.
Zeus, o mais importante deus do mundo grego viu ser-lhe roubado o seu fogo por
Prometeu que o deu aos homens. Com esta atitude Prometeu procurava que aqueles
evoluíssem como seres e se pudessem distinguir dos animais. Como resultado
Prometeu seria castigado pelo deus Vulcano durante um alargo período.
O castigo era ter o seu fígado devorado por uma águia. Prometeu como deus regenerava-se e foi substituído por um Centauro. Prometeu regressou ao Olimpo, mas tinha de manter a corrente e a pedra onde tinha sido acorrentado por ordem de Zeus.
O castigo era ter o seu fígado devorado por uma águia. Prometeu como deus regenerava-se e foi substituído por um Centauro. Prometeu regressou ao Olimpo, mas tinha de manter a corrente e a pedra onde tinha sido acorrentado por ordem de Zeus.
Este mito dá-nos uma representação da vontade humana para encontrar
algo essencial – o fogo existencial que aqui representa o conhecimento que é
retirado aos deuses e fornecido aos homens, ao mundo mortal. No castigo de Zeus
vinha a oferta de uma caixa, “Pandora” revestida de diversos males: a beleza de
Afrodite, a musicalidade de Apolo, A habilidade manual de Atena ou a
curiosidade de Hera. Caixa que reunia males com que os humanos teriam de
suportar. Prometeu desconfiou da oferta e não a aceitou.
A arte acabou por
criar obras de arte onde Prometeu, Pandora e outros elementos mitológicos
colocam em discussão o valor do conhecimento, as capacidades do homem o
formular e a sua sabedoria para escapar às formas mais subtis de obscurantismo. De algum modo do mito inicial evoluímos para formas onde o
conhecimento, o pensamento e a ciência procuraram superar o seu ambiente
natural e organizar formas mais satisfatórias de vida. É no fundo um convite a
pensarmos como vivemos, que pensamento o organiza, que valores conduzem a vida.
Foi este mito de Prometeu que Mary Shelley usou para a criação de Frankstein
que nos coloca o poder de manipulação da vida e os seus limites, área que a
bioética estuda e analisa e que nos recoloca o valor cultural deste elemento da
mitologia grega.
Imagem: O fogo de Prometeu trazido à humanidade, Heiinrich Fueger, 1817
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