quinta-feira, 9 de junho de 2016

Patch Adams - Leitura crítica

Depois de ter visto o filme "Patch Adams" apercebi-me que o amor é contagioso.
Na vida prática deparamo-nos com situações onde o nosso amor e respeito pela humanidade é posto à prova e somos obrigados a seguir o nosso coração. Patch Adams é um exemplo de que qualquer um nós pode fazer os outros felizes e com um pequeno gesto marcar a diferença na humanidade.

O filme conta a história verídica de um homem que após se ter tentado suicidado é internado num hospital psiquiátrico. O tempo que passa nessa instituição fá-lo descobrir que a missão da sua vida passa por ajudar os outros e para concretizar esse sonho vai estudar Medicina. A sua atitude enquanto estudante de Medicina vai pôr em causa os métodos académicos tradicionais e a sua forma de exercer o internato causa espanto e perplexidade. 


Uma das questões que o filme coloca, do ponto de vista epistemológico, é desde logo a relação médico/doente, uma vez que P. Adams propõe uma abordagem mais humana que pouco a pouco vai contagiando os outros com a sua presença acabando em algumas situações por ser o único capaz de ser aceite pelos doentes. As suas propostas ao serem ludicamente apresentadas aos doentes retiram a carga dramática à ausência de saúde, o que nos inspira e faz reflectir sobre o impacto das pequenas coisas da vida na saúde de cada um. O filme retrata de forma sensível e tocante, mas também crítica, o caminho em que a Medicina deve evoluir no sentido de uma maior humanização.

Na sociedade actual os médicos pouco usam a sensibilidade para lidar com os doentes esquecendo-se que o melhor tratamento ou ajuda que lhes podem dar é a simples atenção, um sorriso ou uma forte abraço de força e coragem. A lição de Patch Adams é a que o melhor remédio é o sorriso, o despertar da alegria, o amor desinteressado pelo outro e a influência no modo como a doença e o cuidado aos outros pode ser determinado por atitudes simples mas mais humanas.


Patch Adams além da sua abordagem a uma prática médica mais humana já enquanto estudante exercia Medicina gratuita numa pequena quinta de um amigo, onde tratava os doentes que lhe apareciam, tendo a partir daí criado o sonho de construir um Hospital que baseava muito da sua prática no voluntariado.

Os valores que movem a nossa sociedade esquecem e desvalorizam  o ser humano em sofrimento, iludimo-nos com o avanço técnico e por isso podemos afirmar que ela é dominada por uma falta de compaixão pelo próximo. Vivemos numa sociedade fechada sem nos preocuparmos com o mistério do outro, a sua interioridade, a sua sacralidade, bem como a preocupação com a felicidade geral. Características como a simplicidade, o amor ao próximo, o culto de valores altruístas e humanitárias são o que fazem de Patch Adams uma personagem tão especial. 

De facto são as pequenas coisas que marcam a diferença e que nos passam ao lado no quotidiano, quando basta pouco para lutar por um mundo melhor, fazer a diferença na vida de alguém. Devemos, portanto, olhar para diante fugindo do senso comum, ousando, sermos críveis para fazermos dos outros incríveis. É importante entender a vida como um experiência constante, de dádiva ao próximo amando os outros como nos amamos a nós próprios  e lutar para que a consideração, a dignidade. o respeito e o amor se contagiem. 

Matilde Barreiros Cardoso, 11º C2, Nº 25

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