Ainda com o jogo de dualidade entre a imitação e a inventividade do
período entre quatrocentos e quinhentos. E ainda as palavras de um mestre,
alguém que encontrou a luz, espelhada numa forma de criação.
“Queto que os jovens […] aprendam a desenhar bem os contornos das
superfícies e se exercitem como nos primeiros elementos da pintura; depois,
aprendam a juntar as superfícies e aprendam cada forma distinta de cada membro,
e mandem para a mente qual é a diferença que existe em cada membro. […] E,
assim, o pintor examina todas as coisas que, estando num membro a mais ou a
menos, os faz diferentes. E note ainda quando vemos que os nossos membros
infantis são redondos, quase feitos ao torno e delicados; na idade mais
provecta são ásperos e angulosos. Assim, o pintor estudioso conhecerá todas
estas coisas a partir da natureza e examiná-las-á consigo mesmo muito
assiduamente, de modo que cada um esteja, e continuamente estará, desperto com
os olhos e com a mente nesta investigação e obra.”
Leon Battista Alberti, Da pintura, 1435
#Obelocomorepresentação
Imagem –Domenico Ghirlandaio, Retrato de mulher jovem, C. 1485, Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa.
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