segunda-feira, 6 de março de 2017

Conteúdos na rede - A representação do belo - [1400/1500] (5)

A beleza mágica da pintura entre Quatrocentos e Quinhentos passou pelas ideias de modernismo de Alberti e pelo seu Tratado de Pintura, onde surge uma teoria perspectivista da arte de olhar.
Diz Alberti, “a pintura, não será outra coisa que a intersecção da pirâmide visual segundo uma distância dada, estando o centro da visão colocado a luzes dispostas numa certa superfície representada com arte por meio das linhas e das cores”.
Alberti marcará o Renascimento e dará às ideias da cultura clássica um novo alvorecer. Com ele floresce essa luz criada pela magia da arte europeia entre Quatrocentos e Quinhentos, com destaque para a pintura, onde o quadro é uma janela aberta. Dentro da janela o espaço multiplica os planos, onde a organização se faz segundo uma sucessão de aprofundamentos que se integram e se modelam pela luz e pela cor. Nesta pintura que se desenvolve entre Quatrocentos e Quinhentos o papel da pintura flamenga e da pintura a óleo são indissociáveis neste movimento. É esse tratamento a óleo que permite construir um efeito de magia no sentido em que as figuras parecem envolvidas e mergulhadas numa luminosidade que excede o natural.
Fonte: História da Beleza. (2005). Umberto Eco. Lisboa:Difel.

#Abelezaentrequatrocentosequinhentos
#Obelocomorepresentação

Imagem – Jan Van Eyck, Virgem do chanceler Rolin, c. 1435, Museu do Louvre, Paris

Sem comentários:

Enviar um comentário