terça-feira, 11 de abril de 2017

Conteúdos na rede - A representação do belo - [O século XVIII] (4)


Diderot e Winckelmann viram nas ruínas uma duplicidade de sentidos. A beleza das ruínas, no sentido de nelas compreender a efemeridade da ação humana e a ruína do tempo e igualmente uma fé que permita uma reconstrução, uma fidelidade a algo original. As descobertas feitas pela Arqueologia levaram Wincklemann a querer reconstruir uma pureza do passado, quase como a que Rousseau imaginou possível para o homem, simples, em oposição a construções elaboradas, fictícias quer no plano humano, quer na arquitectura.

Fonte: História da Beleza. (2005). Umberto Eco. Lisboa: Difel.
Imagem: Johann Heinrich Füssli, O desespero do artista perante a grandeza dos fragmentos antigos, 1778-1780, Kunsthaus, Zurique.

#Arazãoeabeleza; #Obelocomorepresentação


O século XVIII criou uma definição estética de grande inovação em relação ao Renascimnto e ao que foi o século XVII. O século XVIII criou uma relação que o aproxima do mundo contemporâneo, um diálogo relacional entre público e privado. É o século da afirmação do papel das mulheres em salões literários e da introdução de novos temas artísticos.  O século XVIII rompe com a tradição de dependência total do artista em relação ao seu mecenas. O início de uma “indústria” editorial dará aos artistas e pensadores alguma independência. Mozart teria tido mais chances económicas se tivesse vivido no século XVIII, quando um músico já era um pouco mais interessante que um cozinheiro. As histórias nacionais ganham importância como narrativa escrita e lida. Neste século surgem também os compiladores de livros mais populares e que fazem a divulgação dos temas mais pertinentes dos grandes temas políticos e filosóficos.
Fonte: História da Beleza. (2005). Umberto Eco. Lisboa: Difel.

Imagem: François Boucher, O pequeno-almoço, 1739, Museu do Louvre, Paris.

Fonte: História da Beleza. (2005). Umberto Eco. Lisboa: Difel.
Imagem: Johann Heinrich Füssli, O desespero do artista perante a grandeza dos fragmentos antigos, 1778-1780, Kunsthaus, Zurique.
#Arazãoeabeleza;#Obelocomorepresentação


Os salões literários desempenharam um grande papel no século XVIII. O aumento da leitura daria à França a possibilidade de criar um terreno que irá favorecer a Revolução. A estética dividiu-se entre o Neoclassicismo e o Rococó. Se Napoleão seguiu o primeiro, o segundo era o emblema de um Antigo Regime de má memória. Desenvolve-se o espírito crítico. Nasce o crítico e aquele que apenas tem uma opinião. Addison e Diderot são o emblema de um período que oscila entre a imaginação como perceção e a beleza que se constrói entre a sensibilidade e a natureza. A imprensa foi essencial para a difusão destas ideias.
Fonte: História da Beleza. (2005). Umberto Eco. Lisboa: Difel.
Imagem: Jacques-Louis David, Retrato do casal Lavoisier, 1788, The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque.

#Arazãoeabeleza; #Obelocomorepresentação

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