Diderot e Winckelmann viram nas ruínas uma duplicidade de
sentidos. A beleza das ruínas, no sentido de nelas compreender a efemeridade da
ação humana e a ruína do tempo e igualmente uma fé que permita uma
reconstrução, uma fidelidade a algo original. As descobertas feitas pela
Arqueologia levaram Wincklemann a querer reconstruir uma pureza do passado,
quase como a que Rousseau imaginou possível para o homem, simples, em oposição
a construções elaboradas, fictícias quer no plano humano, quer na arquitectura.
Fonte: História da Beleza. (2005). Umberto Eco. Lisboa:
Difel.
Imagem: Johann Heinrich Füssli, O desespero do artista
perante a grandeza dos fragmentos antigos, 1778-1780, Kunsthaus, Zurique.
#Arazãoeabeleza; #Obelocomorepresentação
O século XVIII criou
uma definição estética de grande inovação em relação ao Renascimnto e ao que
foi o século XVII. O século XVIII criou uma relação que o aproxima do mundo
contemporâneo, um diálogo relacional entre público e privado. É o século da
afirmação do papel das mulheres em salões literários e da introdução de novos
temas artísticos. O século XVIII rompe
com a tradição de dependência total do artista em relação ao seu mecenas. O
início de uma “indústria” editorial dará aos artistas e pensadores alguma
independência. Mozart teria tido mais chances económicas se tivesse vivido no
século XVIII, quando um músico já era um pouco mais interessante que um cozinheiro. As histórias nacionais ganham importância como narrativa escrita e lida. Neste século surgem também os compiladores de livros mais
populares e que fazem a divulgação dos temas mais pertinentes dos grandes temas
políticos e filosóficos.
Fonte: História da
Beleza. (2005). Umberto Eco. Lisboa: Difel.
Imagem: François Boucher, O
pequeno-almoço, 1739, Museu do Louvre, Paris.
Fonte: História da Beleza. (2005). Umberto Eco. Lisboa: Difel.
Imagem: Johann Heinrich Füssli, O desespero do artista perante a grandeza dos fragmentos antigos, 1778-1780, Kunsthaus, Zurique.
#Arazãoeabeleza;#Obelocomorepresentação
#Arazãoeabeleza;#Obelocomorepresentação
Os salões literários desempenharam um grande papel no
século XVIII. O aumento da leitura daria à França a possibilidade de criar um
terreno que irá favorecer a Revolução. A estética dividiu-se entre o
Neoclassicismo e o Rococó. Se Napoleão seguiu o primeiro, o segundo era o
emblema de um Antigo Regime de má memória. Desenvolve-se o espírito crítico.
Nasce o crítico e aquele que apenas tem uma opinião. Addison e Diderot são o
emblema de um período que oscila entre a imaginação como perceção e a beleza que se
constrói entre a sensibilidade e a natureza. A imprensa foi essencial para a
difusão destas ideias.
Fonte: História da Beleza. (2005). Umberto Eco. Lisboa: Difel.
Imagem: Jacques-Louis David, Retrato do casal Lavoisier, 1788, The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque.
Fonte: História da Beleza. (2005). Umberto Eco. Lisboa: Difel.
Imagem: Jacques-Louis David, Retrato do casal Lavoisier, 1788, The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque.
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