terça-feira, 17 de maio de 2016

Os caminhos do século XX (I)

Somos muito dados ao esquecimento, especialmente quando as contas mercantis fazem pleno sucesso em algumas algibeiras...
«A noite vai bem avançada. Dá-me um fósforo». (1)

Há um pouco mais de sessenta anos, iniciava-se uma das mais violentas formas de organização da sociedade no século XX. O Maioísmo, redundância de uma chamada "revolução cultural" aprisionou milhares de pessoas em condições onde a sua dignidade humana não cabia. Caminho feito onde supostamente os operários e os trabalhadores iriam reconstruir uma ordem justa de um novo País, foi uma forma mais que no século XX, se revestiu o autoritarismo desumano perante o indivíduo. Aplicação irracional da vontade um chefe e de uma nomenklatura que conduziu milhares a um quotidiano sem horizonte e sem direito à vida.

Em muitas latitudes se confundiu a dinidade humana com essa palavra mítica, «revolução», onde mais não foi que a exploração mais baixa da humanidade. Não se repetindo a História, ela como memória deve-nos colocar de prudência para todas as formas onde o indivíduo deixa de ser a alma de uma Humanidade consciente da sua dignidade. 
Difundiu-se por continentes de amnésia e os seus livrinhos vermelhos de obediência cega chegaram a muitos continentes, aos que sonharam "revoluções" sem saber que isso era iniciar a página em branco com o coração. Chegou longe, formulou o pensamento de muitos que ainda hoje pelos media esclarecem a dignidade do poder financeiro. Chegou ao poder político e aos que de fundamentalismo em fundamentalismo se chegaram ao serviço de qualquer escravatura. Foi uma das vergonhas humanas do século XX e ainda tem os seus fiéis.Os novos modernos do pensamento utilitário.
(1) Lu Yan, Melancolia

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