terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Dia Mundial da Filosofia (II)

O ser humano e a sua realização no seio da comunidade

     O homem é um ser como os outros e a sua tendência deveria ser sair do egocentrismo. O homem tem a necessidade de pertencer a um determinado grupo social seja na escola, no trabalho, na família ou em comunidade.
     Desde a origem da humanidade, a vida em sociedade traz no seu contexto a luta pelos bens, luta essa que jamais deixará de existir, pelo simples facto de que cada ser humano constitui um universo próprio de desejos, onde a regra geral é estabelecer limites que possibilitem a não invasão dos direitos individuais.
     Quando se fala, por exemplo, em dignidade, em sentimentos como amor ou ódio, em conhecimento, em intelectualidade, em desejo, em indiferença, fala-se em valores intrínsecos (o valor real de alguma coisa) do ser humano, visualizado no mundo exterior apenas as manifestações que cada pessoa, em determinados momentos, pode ter através do seu corpo, do seu espírito, da sua alma, mostrando-se como verdadeiramente é. Para Aristóteles, a sociedade é a extensão do homem. A sociedade reflecte a personalidade dos indivíduos, portanto, pode ser invejosa, cobiçosa, corrupta, honesta, pacifista, corajosa, etc...
     Para podermos mudar a sociedade primeiro temos de ser nós a mudar primeiro. Não podemos continuar a querer que a sociedade mude sem fazermos nada. Os problemas da sociedade são os problemas que dizem respeito a todo o homem. 
     O individualismo, que imperava no período do estado Liberal (caracterizava-se por uma relação autoritária entre a classe governante e o povo, o liberalismo), foi substituído pela ideia de socialização no sentido de preocupação com o bem comum, com o interesse público. Isto não significa que os direitos individuais iam deixar de ser reconhecidos e protegidos, pelo contrário, iam estender o seu campo, de modo a abranger direitos sociais e económicos. 
     É urgente acabar com egocentrismo e cultivar o Humanismo. É indispensável eliminar a cobiça, a inveja e a crueldade que cada um de nós poderá ter se não controlar a sua maldade. Só assim mudará o indivíduo, logo mudará a sociedade para um mundo melhor. O papel do indivíduo é respeitar os outros e ter o direito de falar no seio da comunidade, por isso, ou nos transformamos radicalmente ou não conseguimos salvar a Humanidade e alcançar o Bem Comum.

Janine Gaicu, Nº9, 11º E1

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