Pena de morte: solução para a violência ou
violação
do direito à vida?
Pena de morte é um tipo de condenação
criminal prevista e regulamentada de acordo com a lei e sistema jurídico da
região em que é utilizada. A mais comum entre países desenvolvidos é a pena de
morte aplicada em alguns estados dos Estados Unidos da América a criminosos
culpados de homicídio.
Este tema gerou, e ainda gera, muita
polémica na sociedade devido à existência
de diversos argumentos tanto a favor, como contra. Quem afirma ser a favor da
pena de morte acredita que nem todos os criminosos podem ser reabilitados e
devolvidos à sociedade e que apenas esta pena os impede de cometer mais crimes
do género e que direito têm eles à vida se não respeitaram o direito da vida
das suas vítimas?
Apesar de serem bons argumentos,
pessoalmente não acredito que a pena de morte seja uma opção viável e
moralmente correta para lidar com este género de criminosos, visto que, para
além de 4% dos americanos condenados à morte são mais tarde considerados
inocentes ou então culpados mas de um crime de baixa gravidade, sendo assim injustamente
condenados como foi o caso de Kenneth Foster em 1996 no Texas. Foster seria
apenas o condutor do carro que foi utilizado para escapar da cena do crime onde
um homem foi alvejado e morto, no entanto foi condenado com a mesma sentença
que o homem que realmente cometeu o homicídio, colocando-nos a questão: será
que devemos mesmo apoiar uma sentença que não consegue ser corretamente
aplicada no sistema jurídico atual? Esta pena também quebra o artigo 2 na carta
dos direitos humanos - o direito à vida – e pode ser, ainda, considerada uma contradição
de si mesma, ou seja, é aplicada a criminosos que estiveram envolvidos num
homicídio, afirmando que o homicídio é moralmente errado, no entanto a pena em
si implica homicídio. Outro argumento contra a pena de morte seria apelar aos
sentimentos dos indivíduos, utilizando a pergunta “e se fosse sua mãe?”. Muitas
pessoas responderiam que não queriam que a sua mãe fosse condenada a tal pena,
no entanto, não consideram que todas as pessoas que já foram, e ainda são,
condenadas à morte são mães, pais, filhos e até amigos de alguém, portanto,
porque aceitamos esta realidade nas outras pessoas mas não quereríamos que nos
acontecesse a nós?
Sem ter diminuído a ocorrência de crimes, a
pena de morte apresentou-se, ao longo da história da humanidade, como uma forma
de repressão às ações ilegais. No entanto, desde o período primitivo que o
endurecimento das penas se demonstra como um caminho contrário à evolução do
direito e da vida em sociedade. Quando falamos em “pena” a primeira coisa em
que pensamos é no sofrimento, ou castigo imposto a alguém. Portanto chegamos à
conclusão de que o Poder Estatal aplica castigos àqueles que cometem delitos. A
grande questão é saber o grau correto de punição que se deve colocar ao
indivíduo.
Trabalho de filosofia realizado por:
Madalena Paulino nº12 11ºA1
*****************************************************************************
Manipulação dos Media
No âmbito da disciplina de Filosofia, foi me proposto fazer um trabalho sobre o tema da Manipulação dos Media.
Para iniciar gostaria de esclarecer o conceito de media. Este conceito, que é também
conhecido como meios de comunicação social acompanha a Humanidade desde o
início da mesma e têm como objetivo a transmissão, receção e integração de
informações. Atualmente, após dois séculos de constantes desenvolvimentos
tecnológicos, tiramos partido de invenções como DVD´s, jornais, rádio,
podcasts, a TV e a internet para o mesmo propósito. Neste trabalho vamos, no
entanto, apenas destacar a TV e a internet, sendo que estes dois são os que,na actualidade,
têm mais influência na sociedade.
No tema da aquisição de informações, a TV é predominante. De
acordo com um estudo feito em 2016 pela Universidade Católica e a GfK Portugal,
após um inquérito conclui-se que 99% inquiridos afirmam que vêm TV regularmente
e 60,5% utilizam a internet no dia-a-dia e, com o avançar do tempo, estas
percentagens têm tendência para aumentar.
É portanto notório que o auditório destas plataformas,
especialmente da TV, é amplo e por isso, de certa forma, na mente na sociedade
isso visto como um sinal de que essa plataforma é digna de confiança, uma fonte
credível e o que é exprimido pela mesma é algo com valor de verdade. Este modo
de pensamento é falacioso e perigoso pois esta confiança cedida vai servir de
partida para que o espectador seja vitima de manipulação.
Nesta altura pode surgir a seguinte questão: O que é a manipulação dos media? A resposta é
simples. A manipulação é um tipo de influência social, neste caso, vindo dos
media que tem como objetivo mudar o comportamento e a maneira de pensar das
pessoas através de práticas enganosas.
Voltando ao tópico anterior, a confiança que é cedida pelos
espetadores e investida programas televisivos prestadores de notícias pode ser
facilmente usada para manipular e enganar o auditório. Muitas vezes os media
deste género criam histórias e artigos que resultam de uma mistura do real com
a ficção. Outras vezes estas mesmas histórias são alteradas de maneira a
satisfazerem interesses particulares, políticos ou económicos. O que devia de
acontecer é o oposto, os media devem de ser fontes de informações verídicas,
honestas e isentas sem emitir opiniões ou juízos de valor.
Os media conseguem também chegar à juventude e infância,
sendo que cada vez mais cedo estas partes da sociedade tem acesso à internet e
TV. A exposição às faixas etárias mais jovens têm como consequência a
informação, educação e distração. Mas será que estas distrações são benéficas para
estes sujeitos? Depende. Tem as suas vantagens, especialmente para infantes, e
desvantagens, especialmente para a juventude. Por um lado “poupa” os mais novos
das crueldades do mundo e serve de entretenimento. Por outro lado, constantes
distrações perante a vida e o que acontece no mundo, especialmente durante a juventude,
pode dar origem à ignorância, falta de cultura geral e alheamento do mundo.
Para concluir este trabalho pode-se dizer, sem dúvida alguma,
que os media têm muita influência na vida do dia-a-dia das pessoas e que, para
combater este problema os media devem de alcançar uma maior consciência/responsabilidade
moral e ética das suas acções perante as suas audiências.
Guilherme Mateus
Nº7 11ºE2
******************************************************************************
A realização de cirurgias plásticas a
menores de idade
Hoje em dia é frequente ouvirmos falar da
realização de cirurgias plásticas como um mecanismo de melhoria da aparência,
em alguma região do corpo do qual o individuo se encontra insatisfeito, tendo-se
tornado num fenómeno que ocorre em todas as idades, incluindo jovens menores de
dezoito anos, que com as suas frequentes inseguranças e baixa autoestima, são
facilmente influenciados pelos estereótipos criados pela media e pela sociedade
acabando por recorrerem a intervenções cirúrgicas sendo algo completamente
legalizável desde que aja uma autorização formal por parte dos encarregados de
educação.
No entanto será correto deixarmos que um
jovem tome uma decisão que mudará o seu físico para sempre? Será correto
deixarmos que um individuo, menor de dezoito anos tome uma decisão que poderá
danificar a sua saúde no futuro? Será correto deixarmos que um adolescente
danifique o seu corpo, só porque deseja corresponder aos padrões da sociedade?
Será correto deixarmos que os pais recorrerem a um cirurgião em vez de um
psicólogo para resolver o estado mental do seu filho?
Este é um problema que toda a população do
século XXI deva-se preocupar, pois os casos de cirurgias plásticas em menores
de idade estão a aumentar cada vez mais em ambos dos géneros. Em 2018 10% das
intervenções cirúrgicas realizadas em Portugal forma feitas em menores de
idade, no mesmo ano nos Estados Unidos 4% dos pacientes que se submeteram à
cirurgia estética eram adolescentes o que equivale a 66 mil cirurgias, no
entanto este numero foi superado pelo o Brasil onde foram realizado 90 mil
cirurgias plásticas em indivíduos com menos de dezoito anos. A elevada dimensão
de jovens a recorrem a este mecanismo fez com que o papa Francisco no seu livro
Deus é jovem, publicado dia 22 de março de 2018 denuncia-se os
estragos da cirurgia estética na população jovem só para: “...corresponder
aos padrões da sociedade para não acabar entre os excluídos...”.
De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o período da adolescência
compreende o momento de transição entra a infância e a idade adulta. Este
processo é marcado por diversas transformações corporais, hormonais e
comportamentais, que manifesta tantas duvidas e inseguranças, sendo o conceito
de autoimagem e a necessidade de sentir-se bem, aspetos extremamente
importantes pois vivemos num mundo em que a sociedade incentiva a busca pela
perfeição, a qualquer custo, levando a que vários adolescentes desejarem
alterar algo no seu corpo através de cirurgias plásticas.
Assim podemos encontrar os dois principais
responsáveis para tantas cirurgias estéticas em menores de idade:
a) a opinião dos colegas, sendo este um
fator extremamente importante, principalmente no caso do adolescente sofrer de bullying devido ao seu físico levando
este aumentar os seus complexos e inseguranças;
b) os media, mais especificamente a moda que
estabelece os padrões exigidos pela sociedade contratando modelos com uma
estrutura física muito semelhante do qual eles consideram ser o “bonito” e o
“aceitável” acabando por vários adolescente que não correspondam a esses
padrões se sinta excluído.
Perante estes sentimentos os adolescentes
começam a alterar os seus comportamentos tornando-se em pessoas mais reservadas
e isoladas de todos. Estas alterações fazem com que os próximos indivíduos
afetados serem os encarregados de educação pois as mudanças comportamentais dos
educandos fazem com que estes manifestem
uma preocupação e um certo desespero movido pelo o desejo de o jovem voltar a
ser o que era.
Deste modo, os jovens a apresentam a sua
vontade de corresponder aos padrões de beleza impostos pela sociedade sendo a
única solução encontrada: as cirurgias estéticas, ideia esta que os seus
encarregados de educação acabam por ceder.
No inicio deste processo cirúrgico, é
discutido detalhadamente com o cirurgião plástico
as
suas expectativas e confrontá-las com o possível resultado obtido e só depois
esta discussão é que é determinado se os adolescentes vão ou não realizar a
cirurgia plástica. Após a operação, os riscos da
cirurgia plástica realizada em adolescentes são os mesmos de qualquer cirurgia
estética realizada em qualquer outra idade. O que pode ser diferente é a chance
de frustração causada por expectativas não realistas, pois os jovens possuem
uma personalidade ainda em formação, sendo fundamental que a estrutura
psicológica do paciente esteja preparada para encarar e aceitar a mudança de
imagem que a cirurgia proporciona.
Esta possível reação faz com que exista uma
divisão entre cirurgiões plásticos sobre a realização de cirurgias estéticas em
adolescentes. Num lado existem cirurgiões defendem que não aja uma norma que defina qual a idade
mínima para se submeter à cirurgia plástica. Cada caso tem de ser avaliado
separadamente, porque a idade não é o mais importante, mas sim a avaliação da
evolução física do paciente, o nível de crescimento e maturidade. No outro lado
muitos médicos sustentam o argumento de que os adolescentes
estão em fase de transformação e, por isso, não é hora de mudar o seu corpo,
defendendo a existência de um lado emocional imediatista que inclui ansiedades
por mudanças no corpo.
Neste ponto de vista, a
melhor solução para que o adolescente melhore o seu estado mental é consultar
um psicólogo. O psicólogo irá tomar conhecimento das inseguranças e da baixa autoestima
do paciente dando inicio a um processo gradual de técnicas psicológicas onde o
jovem irá ganhar confiança em si próprio e nunca mais ser dominado pelos
estereótipos da sociedade e dos media. Este processo não impede que o
adolescente realize cirurgias estéticas no futuro, pois este poderá o fazer só
que será por ele próprio e não pela pressão causada pelo perfecionismo.
Devido a todos
estes fatores eu penso que as cirurgias plásticas em menores de idade deviam
ser extintas pois estas estão sempre relacionadas com problemas e/ou
inseguranças mentais devendo o individuo consultar um psicólogo que o ajude a
ganhar autoestima e a aceitar o seu corpo tal como ele é do que um cirurgião que
só irá alterar a zona do seu corpo do qual este se sente inseguro acabando por
os problemas e as inseguranças manterem-se e como consequência quando os estereótipos da sociedade alterarem
o individuo volte a recorrer a intervenções cirúrgicas
Beatriz Gomes 11º E2 Nº1